1. “Procurava a solidão para rezar as minhas devoções, que eram bastantes, sobretudo o terço…” (V 1 -6)
  2. “Lembro-me de que tinhas quase doze anos quando minha mãe morreu. Ao aperceber-me do que tinha perdido, fui muito aflita junto uma imagem de Nossa Senhora e, banhada em lágrimas, supliquei-lhe que fosse ela a minha mãe.” (V 1 -7)
  3. “Se tivesse de aconselhar, aos pais que, nesta idade, tivessem muito cuidado com as pessoas com que os seus filhos se relacionam. Pode estar aí um grande perigo, porque o nosso natural tem mais inclinação para o mal do que para o bem.” (V 2 -3)
  4. “Por vezes espanta-me o dano que cauda uma má companhia! Se eu não tivesse experimentado não acreditaria.” (V 2 -4)
  5. “Eu creio que se evitavam muitos males se compreendêssemos que a questão não está em acautelarmo-nos dos homens, mas em procurar não Vos ofender.” (V 2 -7)
  6. “Quando tomei o hábito, o Senhor deu-me logo a entender como favorece a quem faz com violência sobre si mesmo para O servir…Nessa hora, senti uma alegria tão grande por ter abraçado aquele estado que nunca mais me faltou até hoje. Deus mudou a secura de minha alma em imensa ternura.” (V 4-2)r]
  7. “Quando uma inspiração boa nos assalta várias vezes nunca devemos deixar de realizar por causa do medo. Si o fizermos unicamente por Deus, não há que temer maus resultados, pois Ele é todo poderoso.” (V 4-2)
  8. “Procurava o mais que podia trazer Jesus Cristo, nosso Bem e Senhor, presente dentro de mim. E o meu modo de oração era este: se meditava nalguma passagem, representava-a dentro de mim; o resto gastava-a a ler bons livros.”  (V 4-7)
  9. “As pessoas que têm esta propensão precisam de uma pureza maior de consciência do que aquelas que podem exercitar a razão. Na verdade, quem medita no que é o mundo, no quanto deve a Deus, no muito que Cristo sofreu e no pouco que faz por Ele, e naquilo que o Senhor dá a quem O ama, tira doutrina para se defender das distrações e evitar as ocasiões e os perigos.”  (V 4-8)
  10. “Agora admiro-me e considero como uma grande graça do Senhor a paciência que Sua Majestade me deu, pois via-se claramente que era dádiva sua.” (V 5-8)
  11. “Praza a sua Majestade que antes morra eu do que volte a deixar de O amar.” (V 5 – 11)
  12. “Não dizia mal de ninguém, por pouco que fosse; pelo contrário, normalmente dispensava toda e qualquer murmuração porque tinha bem presente que não devia querer nem dizer de outra pessoa aquilo que não queria que dissessem de mim.” (V 6-3)
  13. “O nosso erro está em não nos sujeitarmos totalmente àquilo que o Senhor faz, porque Ele sabe melhor do que nós o que nos convém.” (V 6-5)
  14. “Se eu fosse pessoa com autoridade para escrever, de boa vontade me alargaria a contar em pormenor as graças que este glorioso Santo me tem feito a mim e a outras pessoas.” (V 6-8)
  15. “Só peço, por amor de Deus, que o prove quem não me acreditar, e, por experiencia, verá o grande bem que é ter devoção e encomenda-se a este glorioso Patriarca! As pessoas de oração deveriam ser particularmente suas devotas.” (V 6-8b)
  16. “Na verdade, não entendo como se pode pensar na Rainha do Anjos, no tempo em que tanto passou com o Menino Jesus, sem agradecer a São José o auxílio que lhes prestou.”  (V 6-8b)
  17. “Quem não encontrar um mestre que lhe ensine o caminho da oração, tome este glorioso Santo por mestre e não se enganará no caminho.” (V 6-8b)
  18. “Eu não amo o mundo, nem as coisas do mundo, e penso que fora de Vós nada me dá prazer, pois tudo parece pesada cruz.” (V 6-9)
  19. “Quando se trata de uma alma que ama, a verdadeira oração consiste em oferecer a própria doença e as ocasiões, lembrar-se por quem padece, e conformar-se com isso e com milhentas coisas que surjam.” (V 7-12b)
  20. “Por um lado, Deus chamava-me; por outro lado, seguia o mundo. Todas as coisas de Deus me davam muita alegria; mas atavam-me as do mundo. Parecia querer conciliar estes dois contrários, tão inimigos um do outro, como são a vida espiritual e as consolações, os gostos e os passatempos sensuais.” (V 7-17)
  21. “Por isso, eu aconselharia aos que têm oração, sobretudo ao princípio, que procurassem ter amizade e relação com outras pessoas que tratam do mesmo. Isso é muito importante, ainda que não seja mais do que ajudarem-se umas às outras com suas orações.” (V 7-19)
  22. “Seja como for, é próprio do humilde não se fiar de si, mas crer que, em atenção às pessoas com quem conversa, Deus o ajudará.” (V 7-21)
  23. “Se a alma perseverar, tenha a certeza de que o Senhor, apesar dos muitos pecados, a fará chegar finalmente ao porto da salvação.”  (V 8 – 4)
  24. “Eu falo por experiencia: quem começou a ter oração não a deixe, apesar dos erros que tiver cometido, porque através dela pode voltar a emendar-se, caso contrário será muito difícil.” (V 8-5)
  25. “Porque, a meu ver, a oração mental não é a mais do que uma relação de amizade, estando muitas vezes a sós, com Quem sabemos que nos ama.” (V 8 -5)
  26. “Se o principiante se esforça para, com o favor de Deus, chegar ao cume da perfeição, creio que não irá sozinho para o céu; sempre levará muita gente atrás de si. Como a bom capitão, dar-lhe-á Deus quem lhe faça companhia.” (V 11-4)
  27. “Senhor, eu quero padecer porque Vós também padecestes. Em tudo, faça-se em mim a Vossa vontade.” (V 11-12)
  28. “…O amor de Deus não está em ter lágrimas, nem estes gostos e ternuras que as mais das vezes desejamos e com as quais nos consolamos, mas em servi-Lo com justiça e fortaleza e ânimo e humildade.” (V 11-13)
  29. “Sua Majestade que almas decididas e é amigo delas, contanto que sejam humildes e muito desconfiadas de si.” (V 13-2)
  30. “Procuremos, pois, reparar sempre nas virtudes e nas coisas boas que vimos nos outros e encobrir os seus defeitos com os nossos grandes pecados.” (V 13-10)
  31. “…Como já afirmei, imaginem-se diante de Cristo e, sem cansar a mente, ponham-se a falar e a desabafar com Ele. Não se cansem a construir raciocínio, mas apresentem as vossas necessidades e considerem a razão de Ele estar ali conosco.” (V 13-11)
  32. “Com efeito, eu deleitava-me em considerar a minha alma como um jardim, vendo o Senhor a passear nele. Suplicava-Lhe que aumentasse o perfume das florezinhas das virtudes.” (V 15-9)
  33. “Quem não para e segue em frente, embora tarde, sempre há de chegar. Para mim, perder o caminho não é outra coisa senão abandona a oração.” (V 20-12)
  34. “Eis aqui a minha honra e a minha vontade. Já me entreguei todas a Vós. Sou Vossa. Fazei de mim o que quiserdes.” (V 21-5)
  35. “E que mais queremos de um tão bom Amigo ao nosso lado?  Ele não nos abandona nos trabalhos e tribulações, como fazem os do mundo.” (V 22-7)
  36. “O que para mim ficou bem claro é que todo o alicerce da oração está na humildade, e quanto mais uma alma se humilha na oração, mais Deus a exalta.” (V 22-11)
  37. “Parece, Senhor, que provais com dureza quem Vos ama, para que no máximo sofrimento se compreenda o Vosso máximo amor.” (V 25-17)
  38. “É a este Senhor que eu desejo servir. Não quero senão agradar-Lhe. Não quero contentamento, nem descanso, nem outro bem senão fazer a Sua vontade.” (V 25-19)
  39. “Prouvera a Sua majestade que temêssemos a quem devemos temer e entendêssemos que de um pecado venial nos pode vir, mas dano do que todo o inferno junto.” (V 25-20)
  40. “Que sua Majestade me ajude a ter por descanso o que é descanso. Por honra o que é honra, por gozo o que é gozo, e não o contrário. E uma figa para todos os demônios, pois serão ele que me hão-de temer. Não compreendo estes medos. Por quê dizer: demônio, demônio, se o podemos fazer tremer dizendo: Deus, Deus.” (V 26-22)
  41. “Não é nada bom que ande uma alma amedrontada e aterrorizada por qualquer coisa que não seja ofender a Deus.” (V 26-1)
  42. “Mas Deus não precede como os homens. Ele compreende as nossas fraquezas.” (V 26-1b)
  43. “Uma vez o Senhor disse-me que não havia obediência se não estivesse determinada a padecer. Mandou-me pôr os olhos no que Ele tinha padecido e tudo se me tornaria fácil.” (V 27-3)
  44. “Ó almas que começastes a ter oração e as que tendes verdadeira fé, quais os bens que podeis procurar ainda nesta vida – deixemos o que se ganha para a vida eterna – que sejam como o menor deste?” (V 27-11)
  45. “Tende por certo que Deus se entrega aos que deixem tudo por Ele. Ele não faz excepção de pessoas. Ama a todos. Ele não exclui ninguém, por muito ruim que seja, pois é o que faz comigo trazendo-me a este estado.” (V 27-12)
  46. “Quão rico estará quem deixou todas as riquezas por Cristo! E quão honrado quem por Ele não quis honras, mas preferiu antes de ver-se humilhado.” (V 27-14)
  47. “Ó meu Jesus, quão pouco é o poder de todos os demônios em comparação com o Vosso, e como pode calcar a seus pés o inferno inteiro quem Vos tiver agradado plenamente!” (V 28-9)
  48. “… Não há coisada qual os demônios fujam mais; e não voltam. Da Cruz também fogem, mas voltam. As propriedades da água-benta devem ser enormes! Quando a tomo, surge na minha alma um particular alívio.” (V 31-4)
  49. “Penso na grandeza de tudo que está ordenado pela igreja e alegre-me muito ver a força que aquelas palavras transmitem à água para a diferenciar grandemente da que não está benzido.” (V 31-4)
  50. “Saibam que, sempre que os ignoramos, abranda-se-lhes as força e a alma fica muito mais senhora de si.” (V 31-10)
  51. “O certo é que eu já percebi que, se eu não ofender a Deus, eles não têm o poder quase nenhum e já não me assustam.” (V 31-11)
  52. “O Senhor perguntou-me pela razão do meu medo, quanto perante isto só podia haver duas coisas: murmurar de mim ou louvá-lo a Ele. Desta maneira, levava-me a entender que O haveriam de louvar os que acreditassem n’Ele.” (V 31-13)

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