O CARMELO E NOSSA SENHORA

O Carmelo é a Ordem de Maria.

Sua história com a Mãe de Deus remonta antes mesmo de seu nascimento. Conta-se que Santo Elias, no Monte Carmelo prefigurou em uma nuvem a presença da Mãe de Deus (1Rs 18, 24).

Por outro lado, aquela nuvem benfazeja e em forma de mão enviada por Deus, que deu origem aquela caridosa e providencial chuva, passou a ser interpretada como uma preciosa Intercessora, que trabalhou maravilhosamente a serviço do Senhor e em benefício do povo, e por isso mesmo, foi compreendida como sendo obra da própria Mãe de Deus.

Quando os Cruzados chegaram à Terra Santa, no século XII, divulgou-se que encontraram vivendo no Monte Carmelo, uma colônia de eremitas que afirmavam ter o profeta Elias como fundador e patrono, e a Mãe de Deus como a Virgem do Carmelo. O grupo foi aumentando com a adesão de cruzados, que não queriam continuar com a guerra e almejavam a paz e uma existência mais dedicada às orações.

Por causa da devoção que tinham a Nossa Senhora, ficou popularmente conhecida como a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo ou Ordem do Carmo, ou simplesmente carmelitas.

Naquele local ermo, vivendo abrigados na própria natureza, aqueles homens puderam cultivar ardorosamente a devoção a Virgem Maria, manifestando a grandeza de seu amor. Inicialmente ao ar livre, unidos ao redor da rústica Ermida, junto à fonte de Elias, onde piedosamente rezavam a Virgem do Carmelo, exaltando e louvando a bondade Divina. Na continuidade dos anos construíram um modesto Mosteiro que atendeu as suas necessidades.

Quando o sol da tribulação atingiu a Ordem dos Carmelitas, quando perseguida e desprezada, recorreram a Maria. Foi assim que São Simão Stock, prior da Ordem, recebeu da Santa Mãe de Deus o Escapulário.

Seguir a Regra do Carmelo é imitar a Maria. Maria é a Mãe, Irmã, Mestra, Defensora, Consoladora, Modelo, Refúgio, Esperança e a Glória dos Carmelitas.

“Nunca houve um santo que não fosse grande devoto da Santíssima Virgem; e não há grande devoto de Maria que não seja Santo.” São João Maria Vianey